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Cerca de 500 pessoas encheram o auditório, na quarta-feira (26), para participar do debate sobre a Cidade da Copa, promovido pela Faculdade Damas. O evento reuniu especialistas nas áreas de economia, geografia e turismo que, junto ao coordenador do grupo que projetou a cidade, Zeca Brandão, discutiram os benefícios e desafios do empreendimento.

Zeca Brandão começou o ciclo de palestras apresentando as mudanças que a construção vai proporcionar ao município de São Lourenço da Mata e cidades vizinhas. A começar pela acessibilidade que, segundo ele, será facilitada com a construção de estradas e a ampliação de linhas de metrô. Um grande centro comercial vai receber os turistas. A área também será alvo de construções imobiliárias.

“O grande objetivo é deixar um legado para o município de São Lourenço quando a Copa do Mundo chegar ao fim. É um plano ousado, talvez utópico, mas a gente precisa pensar alto para que o resultado seja o mais perto do esperado”, explicou Zeca Brandão.

Já o secretário estadual de Turismo, Sílvio Costa Filho, está mais confiante com a execução fiel do projeto. Ele elogiou o plano arquitetônico da Cidade da Copa e garantiu que o empreendimento vai trazer benefícios para todo o Estado. “Eu não tenho dúvidas de que esse projeto vai sair do papel. O turismo na nova cidade vai abrir 120 mil novas portas de emprego”, disse o secretário.

Depois da avaliação econômica do projeto realizada pelo professor Aldemir do Vale, foi a vez do professor Luis de La Mora apresentar suas impressões do plano. “A sociedade pernambucana precisa participar com ideias. E qual a garantia que esse empreendimento vai gerar mais empregos?”, questionou La Mora. A mesma posição tomou o geógrafo da UFPE, Jean Bitoun. “O projeto da cidade está muito mais preocupado com oportunidade que com sustentabilidade”, criticou o professor. “Por que se planeja um investimento bilionário para um evento temporal e não se resolve o problema da favela do Rato, por exemplo?”, concluiu.

Livro – Na ocasião também foi lançado o livro A lógica da gestão do patrimônio e a dinâmica espacial de Maria do Carmo Braga, coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Damas. Na mesa formada pela autora e pela orientadora da obra, Norma Lacerda, a diretora da Faculdade irmã Miriam Vieira teceu elogios ao trabalho desenvolvido.