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Arquiteta lança livro na Faculdade Damas

Junto com a Bahia e o Rio de Janeiro, Pernambuco figura entre os três Estados do Brasil com maior patrimônio em azulejos na arquitetura religiosa. Enquanto naqueles locais a fartura se deve ao fato de terem, em algum momento, abrigado a capital nacional, aqui o desenvolvimento econômico trazido pela da cana-de-açúcar, aliado à presença de diversas ordens religiosas, resultou num belíssimo acervo.

O livro “O Azulejo na Arquitetura Religiosa de Pernambuco – Séculos XVII e XVIII”, escrito pela arquiteta Sylvia Tigre de Hollanda Cavalcanti, documenta essa rica arte e registra o patrimônio existente em Pernambuco. O lançamento acontece nesta quinta-feira (26 de abril), às 19h, na Faculdade Damas (entrada pela rua Doutor Malaquias), e será aberto ao público.

Ricamente ilustrada, a obra traz mais de 160 imagens especialmente produzidas por Alex Salim e Miguel Pacheco Chaves, que retratam fachadas e interiores de edificações no Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Camaragibe, Igarassu e Sirinhaém. É nesses municípios que está a azulejaria religiosa em Pernambuco.

“Como até o século XX não havia uma produção nacional de azulejos, todos os exemplares de interesse histórico são portugueses, enviados ao Brasil de navio. É por isso que o acervo se concentra no litoral”, afirma Sylvia Tigre. Dentre as ordens religiosas, os franciscanos se destacam no uso dos azulejos. “Os conventos de Recife, Igarassu e Sirinhaém, bem como o de Nossa Senhora das Neves, em Olinda, são os mais significativos. E na Capela Dourada temos um exemplo raríssimo de painel de azulejo assinado, um dos três encontrados no Brasil, feito pelo mestre Antônio Ferreira”, destaca Tigre.